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Confeitaria Vasques e o Bar da Viúva

Atualizado: 12 de ago.

Esse é o segundo capítulo da "História de nossa Família no Comércio Uberabense"

A Confeitaria Vasques e Falecimento de Seu Felipe.

Felipe Vasques, se casou com Maria Ponticelli (a lendária Viúva, do Bar da Viúva). Na década de 1920, Felipe inaugurou sua Confeitaria na Rua Arthur Machado, que perdurou até 1950, antes de surgir o Bar da Viúva.

No ano de 1939, Felipe Vasques adoeceu e foi para São Paulo se tratar, com o agravamento do problema pulmonar, faleceu em 1940, dando origem a “Viúva”. Ele até enviou uma carta para Dona Maria antes de seu falecimento, você pode encontrar essa carta no quadro na Choperia do Mario. Assim, após seu falecimento as pessoas passaram a chamar a Confeitaria Vasques de Confeitaria da Viúva de Felipe Vasques.

Em 1950 com a maioridade de seus filhos, Felipe e Gilberto, juntamente com a mãe, criaram o lendário “Bar da Viúva”, incrementando além dos já famosos salgados, as deliciosas pizzas com três crescimentos da massa, bem também como o Chopp Antarctica.

Após a chegada das cervejas na região e a elaboração de bons quitutes e pizzas, a Confeitaria da Viúva virou Bar da Viúva. Naquela época a cerveja Antarctica vinha de trem embrulhada em palhas e um carro descia a mercadoria até o comércio, um dos primeiros estabelecimentos a atender o público com esse produto em Uberaba.

Bar da Viúva - Vó Maria - Um exemplo de vida

Seus filhos Felipe e Gilberto continuaram ao lado da mãe por mais 40 anos, até o seu falecimento em 1989. O bar ainda manteve as portas abertas até meados de 1994. Além das famosas pizzas, o tradicional Chope da Antarctica também era servido.

Dona Maria, a Viúva, sempre morou na casa de sua filha France e seu esposo Hélio, que residiam a duas quadras do bar da Viúva. A proximidade dos locais na Rua Arthur Machado facilitava a constante presença da pequena senhora em seu estabelecimento. Seja na cozinha, com as mãos na massa, ou atrás do balcão, administrando o bar, ela se revezava  com os filhos Felipe e Gilberto, cotidianamente.


Dona Maria era incansável: ia para o bar antes das 6 da manhã, não se importando se estava chovendo, fazendo frio, etc.. Fazia as pizzas de manhã até à tarde, tomava banho - nas dependências do próprio bar, trocava de roupa e  ia para o caixa, lá ficando até às 19:00 horas, nos dias em que Felipe assumia o comando, e até às 22:00 horas, nos dias  do Gilberto. Chegando em casa, ainda fazia crochê até a meia-noite, sempre sorridente, calada e serena. Religiosamente dona Maria seguia sua rotina.

Nem mesma uma erisipela na perna a segurava na cama. Ao acordar pela manhã, como diariamente saía de casa sem fazer barulho algum, sua filha teve, por orientação médica que dar um sonífero à noite, disfarçadamente, para ela perder a hora no dia seguinte e ficar de repouso absoluto. A incansável e sábia senhora foi ludibriada por apenas dois dias: logo descobriu os planos da cuidadosa família sobre o sonífero e não mais o tomou.

A vida da matriarca foi dedicada à família e ao trabalho, e permanece guardada na lembrança dos antigos moradores de Uberaba como a Dona Maria do “Bar da Viúva”, assim como sua inconfundível massa e sabores das pizzas.

Receita da massa de Pizza da Dona Maria.

Ao indagar a filha France sobre a receita da massa, ela disse que a Vó falava que não tinha segredos e a receita era: "Um tanto de farinha, um tanto de óleo, ovos, um pouco de água, sovar a massa até dar o ponto.... deixar a massa descansar....crescer... cortar e enformar." Vê se pode!!!



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